Abro as pernas e as palavras se contraem: tua língua se apropria do meu texto, tua fala sempre tão bem dita.
Fecho os olhos: teu poema me penetra, nossas palavras gemem, a poesia grita.
Mas eu guardo em segredo minhas frases mais aflitas. (Pelo menos dessa vez não vou deixar que o meu medo te pareça abandono. Pelo menos dessa vez não vou supervalorizar nossa história que é apenas tão bonita.) Vou deixar que se enfie em mim com dedos, membro, língua e malícia.
E o teu corpo, meu tutor, se apropriar do meu sem dono, num abraço pélvico escorregadio, num enroscamento longo qual novelo de delícias.
Nem importa mais se a nossa música já não toca, que nos toque em silêncio essa carícia.
4 comentários:
hummm...
Delicia..:))
Na abertura desse livro de sedução,sempre deixarei gravado,entre a mistura da saliva e o gosto exotico,todos os meus poemas.
É exatamente isso q faz com que queremos sempre mais...Essa mistura deliciosa.
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